Ensaio
sobre a Cegueira é uma obra de José Saramago que me surpreendeu pela sua
originalidade (ou realidade).
Tal
como o próprio título, este livro é um ensaio sobre o homem e as relações
humanas num mundo afetado por uma cegueira coletiva.
Sem
razão aparente, o mundo é atingido por uma pandemia, a cegueira branca, e os
homens organizam-se para sobreviver no meio do caos.
Os
humanos afetados são enclausurados num antigo manicómio. Grupos de indivíduos
formam-se para tirar proveito e vantagem da situação. Algumas pessoas guiadas
pela esposa do médico, a única personagem que consegue ver, tentam escapar às
amarras impostas por um grupo totalitário.
É uma
ficção sobre uma cegueira apocalíptica que pode ser facilmente transportada
para a realidade como o relato de qualquer ser humano a tentar sobreviver à
pandemia Covid 19, ao tsunami de 2004 ou ao furacão Katrina em Nova Orleães.
Por
vezes os comportamentos humanos reduzem-se a instintos básicos de sobrevivência
como no livro de William Golding “O Deus das Moscas”.
Este
livro é uma sátira à sociedade e como os seus valores podem ser facilmente
relegados…
Mas no
meio do caos ainda haverá a centelha da esperança?
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