Já li este livro há bastante tempo, mas escolhi Eva Luna, de Isabel Allende, para dar início às publicações do blogue pelo poder da palavra que ele transmite. Fiquei impressionado com a forma como Eva descobre o seu dom para contar histórias e como transforma esse talento numa poderosa ferramenta de resistência. Para ela, a palavra não é apenas um meio de expressão pessoal; é também uma forma de se ligar aos outros, de dar voz a quem muitas vezes é silenciado e de enfrentar as injustiças que encontra pelo caminho.
Enquanto lia, percebi que as histórias de Eva não são meras narrativas: cada história é um ato de coragem, uma forma de desafiar a opressão e de lutar pela liberdade e pela justiça. Senti-me tocado pela maneira como ela usa a palavra para criar laços com as pessoas, para partilhar experiências e emoções, e para transformar pequenos gestos em atos de resistência. É fascinante como algo tão simples como contar uma história pode ter tanto impacto, não só na vida de quem a conta, mas também na vida de quem a ouve ou lê.
Este livro levou-me a refletir sobre o valor da voz de cada um. Muitas vezes, desvalorizamos o poder de falar, de escrever ou de comunicar. Eva Luna mostra que a palavra pode ser uma arma de mudança, capaz de inspirar, unir e desafiar o que está errado no mundo. Mesmo quando as circunstâncias parecem difíceis ou injustas, contar a nossa história, expressar o que sentimos e partilhar a nossa visão pode realmente fazer a diferença.
A palavra não é apenas comunicação: é resistência, liberdade e transformação. Cada história contada é uma forma de lutar e devemos sempre valorizar a nossa voz e a voz dos outros.



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